30 julho 2010

Se a Guerra fosse um Jogo de Computador

Não gosto de guerra, acho que somente gostam delas os fabricantes de armamentos e alguns políticos, na verdade não gosto nem mesmo de jogos de vídeo-games de guerra, existem vários disponíveis no mercado Medal of Honor, Gear of Wars, Call of duty e outros.

Mas vendo fotos tiradas no Afeganistão, fiquei pensando se muitas delas não caberiam perfeitamente em imagens de propaganda de um vídeo game.

O que alias, não é de todo estranho, uma vez que a guerra está se aproximando mais e mais de vídeos games. Ainda que a imagem que me vem a mente quando eu imagino guerra seja oriunda de filmes como Apocalipse now onde o combate ainda era mais homem a homem.
No entanto, a realidade é que atualmente a guerra está se assemelhando mais e mais com um jogo de vídeo game.

28 julho 2010

O que diz Molero

Anos atrás eu vi essa peça extremamente longa com cerca de quatro horas de duração, poucos atores para interpretar dezenas de personagens e um cenário único para retratar vários e diferentes locais.

E foram excelentes quatro horas, os atores perfeitos, eu realmente vi dezenas de personagens diferentes, as vezes mudando apenas a posição de uma gravata criava-se a magia em cena e mudava completamente o personagem.

O texto de "O que diz Molero" é incrível. a ideia de princípio simples: é a história de Austin e Mister Deluxe que lêem e discutem trechos de um relatório escrito por Molero a respeito de alguém citado apenas como Rapaz, mas que se abre em vários personagens que passaram a vida do Rapaz.

O livro foi escrito por Dinis Machado, e a peça no Brasil foi belamente adaptado para o teatro por Aderbal Freire-Filho.




Trecho inicial

“Teve uma infância estranha” - disse Austin.

“Em última análise, todas as infâncias o são” disse Mister Deluxe.

“Molero diz - disse Austin - que a infância do rapaz foi particularmente estranha, condicionada por questões de ambiente que fizeram dele, simultaneamente, ator e espectador do seu próprio crescimento, lá dentro e um pouco solto, preso ao que o rodeava e desviado, como se um elástico o afastasse do corpo que trasnportava e, muitas vezes, o projetasse brutalmente contra a realidade desse mesmo corpo, e havia então esse cachoar violento do que era e a espuma do que poderia ser, a asa tenra batendo “a chuva.”

“ O quê?” - perguntou Mister Deluxe.

“É curioso pensar – disse Austin, passando por cima da pergunta direta – que o rapaz tirava Burriés do nariz quando era pequeno, mas não os comia logo.”

“ Hã? ” - fez Mister Deluxe.

“ Não os comia logo – acentuou Austin -, colava-os na parede para os comer no dia seguinte. -Houve uma pausa_ Gostava deles secos – explicou”

“É óbivio – disse Mister Deluxe -, não estou a falar dos burriés, estou a falar das idiossincrasias de Molero – Debruçou-se sobre a secretária e virou uma folha do calendário de mesa. – Ainda estávamos no dia de ontem – dise ele.

“Temos várias pistas – disse Austin -, um tabique, uma casca de banana, uma sina, um escarrador, uma tela de Miró, uma passagem do relatório que esclarecem o problema, passagem aparentemente insignificante, mas que talvez sejam efetivamente outra coisa, como o fato de o pai jogar bowling com garrafas, quando lá no bairro ainda ninguém sabia o que era o bowling, isso depois de beber o conteúdo das garrafas, eram garrafas de vinho, cerveja aguardente eu mais que viesse, eles ficava bêbado e depois jogava bowling e partia as garrafas com uma grande bola de prata de chocolates, e o rapaz ficou sempre cm o som nos ouvidos, o som de garrafas partidas enchendo a noite, um perpétuo estilhaçar de nervos.”

24 julho 2010

Propagandas Verdadeiramente Falsas

Já pensou como seriam as propagandas para coisas que geralmente não precisam de propagandas?

Propaganda para Livros




Propaganda para as Mãos

23 julho 2010

Mirrornask

Sempre tive uma grande fascinação por contos de fada, gosto do clima mágico dos filmes, dos cenários impossíveis dos personagens não humanos, e muitas vezes bizarros.

E Mirrormask, no Brasil chamado A mascara da Ilusão, é um pouco de tudo isso, dirigido por Dave MacKean e escrito por Neil Gaiman e Dave MacKean.
Infelizmente o filme teve pouca divulgação, como geralmente acontece com a maioria dos filmes que fogem um pouco do padrão da moda vigente.

Uma das minhas partes favoritas é essa com a música close to you, interpretada por Josephine Cronholm

22 julho 2010

Baudolino



"Porque é verdade. Mas não penses que te censuro. Se queres transformar-te num homem de letras, e quem sabe um dia escrever Histórias, deves também mentir, e inventar histórias, pois senão tua história ficaria monótona. Mas terás que fazê-lo com moderação. O mundo condena os mentirosos que só sabem mentir, até mesmo sobre coisas mínimas, e premia os poetas que mentem apenas sobre coisas grandiosas."



Trecho do livro Baudolino de Umberto Eco.

O livro conta a história da vida de Baudolino, narrada pelo próprio, adorável mentiroso e sua busca pela cidade do Prestes João.

É um texto que mistura não apenas as verdades históricas e as mentiras de Baudolino, mas também as verdades que este acreditava e que muitas das vezes eram estas também inverdades, narradas por outras pessoas.
E muitas das vezes fica difícil saber quando é mentira e realidade nessa narrativa, ou ainda, quando é uma mentira que um dia já foi acreditada como sendo verdadeira.
Como é o caso dos Blêmios, e dos Panottis, que foram originalmente descritos (como seres verdadeiros) por Plínio o velho na obra História Natural em 77 AC.



figura dos Bêmios e Panottis, respectivamente.


Eu realmente amei esse livro.

19 julho 2010

missoshiro

1/2 cebola picada
1/2 litro de água
2 colheres de sopa (bem cheia) de massa de missô escura - encontrado em mercados e lojas de produtos naturais
1/2 tofu picado em cubinhos (queijo de soja)
cebolinha picada
1 envelope de Hondashi (opcional) – que é um tempero à base de peixe, encontrado nos mercados

Como preparar

Refogue acebola em uma panela funda (eu uso um fio de azeite)depois de murchar um pouco, acrescente todos os demais ingredientes (exceto a cebolinha) e deixe ferver por 5 minutos.

Acrescente o Hondashi e a cebolinha e sirva em seguida. Se preferir, acrescente um pouquinho de shoyu para ressaltar o sabor.

Eu particularmente gosto de acrescentar no ultimo minuto de cozimento um pouco de bifum (macarrão de arroz, facilmente encontrado em lojas de produtos naturais)

18 julho 2010

With myself

You know me
But you can't see me
You can only hear my voice
Whisper softly in your soul
And at this moment
You feel me.
But you can't touch me
'Cause I don't have shape
I'm like wind
Blowing around the world
Without knowing how
Or whether I will come back

Como combater a pirataria em todas as áreas

Um amigo meu publicou no seu blog
"Já pensou como seriam as notícias se outros ramos resolvessem usar os mesmos tipos de argumento que as gravadoras usam pra combater a 'pirataria"?..."

um trecho

Polícia Federal descobre plantação pirata de hortaliças em MG

Uma operação da Polícia federal descobriu esta semana no interior de Minas Gerais uma família inteira dedicada à produção de hortaliças piratas.

pesadelo.net: Combatendo a pirataria em outros setores!:

Instruções para um conto de fada

Eu sempre amei contos de fadas, e “Instructions” é um belo poema que lhe ensina as regras para você seguir seguro quando vagar por este reino.



O texto e a narração são de Neil Gaiman, escritor inglês que atualmente parece que descobriu ou foi descoberto pelo cinema, e desenhos de Charles Vess.

17 julho 2010

Bolinhas de queijo no palito

Esses dias estava procurando por uma receita legal e me deparei com esse vídeo.
Ontem eu fiz a receita, achei super fácil, embora não tenha dado certo, mas a culpa foi minha e não da receita, a apresentadora manda colocar duas camadas de massa, mas eu achei que uma apenas bastaria, conclusão o queijo começou a derreter e abrir.

Mas ainda assim ficou muito saboroso.
Mal posso esperar para fazer certo da próxima vez!




ahhh mais receitas podem ser encontradas na página
vídeo receita

Primeiras Palavras

Queria que minhas palavras fossem como beijos lançados ao vento.
Que percorressem o mundo em busca de um destino e sentido,
e quem sabe um dia encontrassem seu caminho.
Que as pessoas as aproveitassem como quem aproveita uma tarde chuvosa.
E ao lê-las pudessem relembrar uma manhã fugidia de uma infância que se há muito se foi.